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Programação

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Presidentes de honra IV EMBRA

Homenageada México Dra. Virginia García Acosta (CIESAS)

Homenageado Brasil Dr. Antonio Arantes (UNICAMP)

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Início 4 de outubro 

Auditório Fausto Castilho, IFCH 

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14h Abertura: Conferência magistral com Dra. Virginia García Acosta (Ciesas-México) 

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16h30 "Viragens na política e na Antropologia”, mesa especial da Cátedra Roberto Cardoso de Oliveira 

Palestrantes: Luis Roberto Cardoso (UnB), Agustín Escobar (CIESAS), Gustavo Lins Ribeiro (UAM-I), Andrés Fábregas Puig (CIESAS)

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A dinâmica geopolítica internacional tem se modificado de maneira drástica nos últimos dez anos, o que tem gerado novos temas de pesquisa nas Ciências Sociais em geral e na Antropologia em particular. Quais são esses temas e como estão sendo abordados? Estas mudanças, acreditamos, têm implicações nas formas de abordagem e de investigação, assim como nos tempos de reação para proporcionar análises e diagnósticos pertinentes que nos permitam uma aproximação das novas realidades.

O ponto de partida da discussão será uma série de vídeos de entrevistas curtas realizadas com antropólogos que têm um papel chave na formação de colegas no Brasil e no México.

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Mesas temáticas 5 de outubro

Auditório Fausto Castilho, IFCH

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9h30 às 12h Gênero, sexualidade: políticas e direitos

Coordenação: Isadora Lins França (Unicamp)

Debatedora: Maria Filomena Gregori (Unicamp)

Palestrantes: Martha Patricia Castañeda (CIICH-UNAM), Roberto Efrem Filho (UFPB), Lina Rosa Berrio (Ciesas), Juliana Farias (UERJ)

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Nas últimas décadas, Brasil e México têm observado transformações aceleradas no que concerne a moralidades, políticas e direitos relacionados a gênero e a sexualidade. Articuladas às pautas internacionais, as agendas políticas nacionais passaram a contemplar ações voltadas para mulheres e para LGBT. Tais processos têm sido marcados pela circulação de saberes, categorias e pessoas entre diferentes atores sociais, relacionados ao Estado, universidade e movimentos sociais. As usuais disputas, tensões e conflitos inerentes às transformações nesse campo têm se acirrado mais recentemente, como têm demonstrado as articulações contra o que se chamou de “ideologia de gênero” em momentos de grande tensão política nacional em ambos os países. Ao mesmo tempo, gênero e sexualidade tornam-se cada vez mais linguagem para a afirmação de determinados valores, visões de mundo e posições no espectro político. Trata-se de um conjunto complexo de questões, que tem demandado a produção de renovados arranjos analíticos e o adensamento das reflexões empreendidas por pesquisadores que atuam nesse campo. Este eixo tem como objetivo trazer para o debate contribuições voltadas para a compreensão das disputas, tensões e conflitos que marcam os contextos contemporâneos de produção de sujeitos e de direitos relacionados a gênero e a sexualidade em ambos os contextos nacionais.

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14h às 16h Religião, política e esfera pública

Coordenação: Hugo Soares (Unicamp)

Palestrantes: Jacqueline Moraes Texeira (USP), Renée de la Torre (CIESAS), Ronaldo de Almeida (Unicamp), Gabriela Robledo (CIESAS)

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A ampla presença do catolicismo no Brasil e no México estabelece, de saída, um plano de convergência entre esses países no campo da religião. Tão importante quanto o reconhecimento dessa regularidade entre as duas maiores nações da América Latina, é o reconhecimento dos distintos modelos de presença e de regulação da religião por parte de cada um desses Estados. A proposta deste eixo temático é mobilizar reflexões que permitam dar visibilidade a essas convergências e divergências a partir de duas chaves fundamentais: pesquisas que analisem os processos históricos de produção do lugar da religião no espaço público no Brasil e no México; e contribuições que permitam refletir sobre como as transformações do pertencimento religioso nesses países, notadamente impactados pelo avanço das igrejas pentecostais, têm também modificado as configurações da relação entre religião, política e esfera pública.

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16h30 às 18h30 Migrações, Deslocamentos e Violência 

Coordenação: Bela Feldman Bianco (Unicamp)

Debatedor: Omar Ribeiro Thomaz (Unicamp)

Palestrantes: Liliana Sanjurjo (UERJ), Carlos Garma (CIESAS), Adriana Piscitelli (Unicamp)

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Vivemos em um mundo globalizado caracterizado por intensos deslocamentos sociais, expulsões, brutalidade e precariedade da vida humana. Diante de um cenário marcado por um capitalismo corporativo destrutivo, esses deslocamentos evidenciam o surgimento de novas lógicas de exclusão social, que estão aumentando as desigualdades sociais e os contingentes de despossuídos. Se por um lado observamos o predomínio de ideologias e retóricas multiculturais baseadas nos “direitos humanos” e humanitarismo, por outro lado observa-se a criação de categorias sociais e formulação de políticas globais de governança tecnocrata de securitização, criminalização, judicialização e desumanização da pobreza. Essas categorias e políticas, que tendem a equacionar migrações e vários tipos de deslocamentos com o combate ao tráfico de drogas, tráfico e contrabando de seres humanos e às leis antiterrorismo e que visam maior controle de fronteiras nacionais e supranacionais, estão sendo exportadas por agências multilaterais para várias partes do mundo. Ademais, grandes projetos desenvolvimentistas e interesses imobiliários estão provocando remoções de populações vulneráveis tanto no campo quanto na cidade, assim como higienização social urbana.No contexto desses desenvolvimentos, este eixo tem como objetivo estimular diálogos cruzados e comparativos sobre migrações e deslocamentos no México e no Brasil e por extensão na América Latina e Caribe na atual conjuntura do capitalismo global. Através de estudos de caso que tratam de migrações e/ou outros distintos deslocamentos (como remoções, assassinatos, sequestros, desaparecimentos, deportações, encarceramentos, higienização social urbana), visamos entender 1)  como essas ideologias e políticas globais são reconfiguradas  na articulação entre escalas  globais, nacionais e locais e no entrelaçamento entre  violência de Estado e a violência estrutural do cotidiano, marcada por sexismo, homofobia, racismo e xenofobia; 2) as ações, reações, estratégias e mobilizações sociais de protagonistas diversos afetados por essas políticas (como migrantes transnacionais, comunidades indígenas e residentes de periferias urbanas), assim como vislumbrar  3) quais são os processos similares e particulares na restrições, controle e produção de deslocamentos, desigualdades e despossessão desses diversos personagens.  

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Workshop 5 de outubro

Arquivo Edgard Leuenroth- IFCH

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14h às 18h “Histórias e contextualização da formação de acervos etnográficos em arquivos e centros de documentação”

Orientador: Luis Roberto Cardoso de Oliveira (UnB)

Promoção: Arquivo Edgard Leuenroth; Cátedra Roberto Cardoso de Oliveira; Educorp-Unicamp.

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Mesas temáticas 6 de outubro

Auditório Fausto Castilho- IFCH

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9h30 às 12h Estado, Justiça e violência no campo e na cidade

Coordenação: Nashieli Rangel Loera (Unicamp)

Debatedor: Emília Pietrafesa de Godoi (Unicamp)

Palestrantes: Maite Yie Garzón (Universidad Javeriana-Colombia), Taniele Rui (Unicamp), Saúl Moreno (CIESAS), 

Miguel Hernández (Ciesas/Unicamp)

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Na última década, constatando os altíssimos níveis de violência e de impunidade no Brasil e no México assistimos a um movimento reformista da segurança pública, proposto por atores institucionais e por organizações da vida civil. Todavia, a crise, o golpe parlamentar no Brasil e a virada conservadora na América Latina, reconfiguraram de algum modo o papel dos atores da justiça. Juízes e promotores, mas também boa parte das corporações policiais tomaram a cena nos movimentos políticos e sociais. No que diz respeito à situação particular das populações do campo, o campesinato, em ambos os países, e os movimentos de luta pela terra têm sido alvo de processos violentos perpetuados principalmente pelo Estado no contexto das políticas neoliberais, no qual a terra, tornada propriedade, é um bem que entra no circuito e na circulação dos bens de mercado. Nesse contexto, muitas vezes, os próprios agentes da especulação fundiária e detentores do capital econômico formam parte da elite política dos países e são os próprios agentes da Justiça. Esta dimensão coloca novos problemas aos cientistas sociais. As velhas discussões sobre se seriam os agentes da justiça, da lei e da ordem meros representantes de governo ou entidades discricionárias parece não ser mais suficiente para analisar as complexidades regionais. Tanto a agência dos operadores da justiça no governo quanto as ações de repressão das polícias e por parte do Estado ganham novas expressões políticas e sociológicas que merecem ser analisadas.

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14h às 16h Patrimônio, memória e democracia. A contribuição da Universidade

Coordenação: Antonio Arantes (Antropologia, Unicamp)

Debatedor: Christiano Tambascia (Antropologia, Unicamp)

Palestrantes: Simone Vassalo (Antropologia, UFF, Comitê Patrimônios e Museus/ABA), Leonardo Castriota (Escola de Arquitetura, UFMG, ICOMOS/Brasil), Marcos Tognon (História da Arte, UNICAMP), Regina Muller (Antropologia, Instituto de Artes, UNICAMP), Cristina Ohemichen (CIESAS,México)

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Este painel propõe um diálogo entre antropólogos e arquitetos comprometidos com a Universidade e com a prática profissional, sobre os desafios que se colocam na área do patrimônio e da memória à consolidação da democracia no país e na região. Em foco, direitos culturais, territoriais e à cidade. Propõe-se que os participantes apresentem suas reflexões sobre o tema do painel em 20 minutos, tendo como referência a proposta geral do IV EMBRA, reproduzida a seguir.

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16h30 Encerramento: Conferência magistral com Dr. Antonio Augusto Arantes (Unicamp)

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Mesa John Monteiro: "Políticas de Estado, indígenas e desafios"

Palestrantes: João Pacheco de Oliveira (Museu Nacional/UFRJ), Regina Martínez Casas (CIESAS), Artionka Capiberibe (Unicamp), 

Guillermo de la Peña (CIESAS)

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Este eixo propõe discutir o estado atual da relação entre povos indígenas e as políticas de Estado, com especial atenção ao reconhecimento dos seus territórios, a partir de três ângulos de observação. Primeiro, do modelo de desenvolvimento adotado pelo Estado e seus efeitos sobre a vida dessas populações: abertura de estradas, implementação de bases ou ações militares, avanço dos grandes projetos agropecuários, industriais e energéticos, assim como pela sobreposição dos seus territórios a diversas categoriais de conservação ambiental. O segundo aponta para as atuais políticas direcionadas a estas populações, que poderíamos descrever como transformações e variações em torno do indigenismo histórico: terra, saúde, educação e políticas de assistência social. Finalmente, o terceiro ângulo evidencia a agência dessas populações indígenas e tradicionais diante do modelo de desenvolvimento nacional e da ação direta do Estado: resiliência histórica, estratégias de resistência e luta, apropriações conceituais e institucionais, transformações culturais e redesenhos cosmopolíticos.

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